Uma virose esmagada pelo
confinamento
Hoje, 13 de Abril,
verificamos mais uma vez que a evolução
da pandemia em Portugal devido à adopção de medidas drásticas, com cuidados simples-distanciamento social e
higiene- que nunca foram tomadas durante os surtos de gripe, aliadas ao
confinamento de uma parte significativa da população, estão a dar resultados imediatos muito visíveis
no gráfico seguinte.
Aí se representam dois
cenários reais: a evolução do número de óbitos provocados pela Covid 19, a
vermelho, e a evolução do número de óbitos provocados em 2019 por um surto
banal de gripe. A curva a azul resulta simplesmente da distribuição dos 2844
óbitos atribuídos pela DGS ao surto de gripe em 2019 (1) pelo período de
algumas semanas em que o mesmo se registou .
Isto significa que as
mortes atribuídas à gripe durante 7 semanas foram distribuídas no tempo segundo
uma curva que não será muito diferente da apresentada no relatório da DGS já
referido.
A observação do gráfico mostra que com as actuais
medidas a evolução do número de mortes é muito menos dramática do que a que
resultaria da percepção da evolução das mortes provocadas pela gripe, se em vez
dum relatório final em que é feita uma estimativa, se tivesse optado por um
relatório diário, relatado em directo por toda a comunicação social.
Vasos comunicantes?
O numero médio de
mortes por todas as causas no mês de Março é de cerca de 320; mesmo nos dias
onde houve um aumento mais expressivo do número de óbitos provocados pela Covid
19 (mais de 30) esse número representará no máximo pouco mais de 10% da média de
óbitos totais para esse dia.
.
Como explicar então
a existencia de um significativo aumento do número médio de mortes totais
durante o mês de Março?
A explicação poderá
talvez resultar do número muito baixo de óbitos registados em Fevereiro, como se observa no primeiro gráfico . Pessoas
idosas e fragilizadas poderão não ter sido vitimadas pelas gripes e pneumonias
de Fevereiro, transferindo para Março um acréscimo do número de óbitos totais,
como se pode talvez inferir comparando o primeiro com o segundo grafico (Março).
fonte SICO
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